Viva uma vida leve

 


Já faz algum tempo,  o blog ficou fechado por meses em um momento de busca interna e de auto conhecimento, uma busca que foi iniciada com a vontade de um coração apaixonado, porém com a maturidade de uma criança de 7 anos que ainda passa por diversas mudanças ao longo da sua vida, no que têm relação aos seus sonhos e objetivos. Existe uma coisa que se sobressai por completo em ambas as experiências de vida, tanto a de uma criança quanto de uma pessoa extremamente madura, e essa tal coisa é o "aprendizado", enquanto temos consciência o aprendizado nunca para, existe até uma frase que eu gosto muito que é do Leonardo da Vinci: 

"Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende"

Embora eu discorde em partes sobre a última parte, acredito que é uma ótima frase para enfatizar a importância e o prazer do aprendizado. Temos diversos meios de aprendizado, alguns que são divertidos e prazerosos como aprender a fazer um prato que você ama, ou aprender a dirigir e também temos os aprendizados que são um pouco mais difíceis de absorver, nem sempre pela dificuldade teórica do assunto e sim pela dificuldade prática, pois é na prática e apenas nela que podemos vivenciar de fato a realidade e usar esses conhecimentos de alguma forma positiva ou negativa.

Ao obter um conhecimento prazeroso, o sentimento de preencher espaços internos que se encontram vazios, a sensação de evolução, de dar um passo adiante... etc., fazem com que a experiência passe rápido e não deixe marcas significativa além do conhecimento, por isso não valorizamos de fato as oportunidades que temos de aprender de forma boa, porém quando falamos de experiências ruins a história muda bastante, é no sofrimento que parece que as mudanças acontecem, quando você não tem limitações ou dogmas sobre suas ideias, quando seu espírito parece fraco e cansado, nesse momento começamos a sentir que as coisas vão melhorar, acabamos nos ajudando internamente a se levantar mesmo que sua mente não seja um lugar tão agradável, ainda sofrendo, queremos que o tempo passe extremamente depressa, que o dia se encerre, queremos pular essa parte para que chegue a parte boa logo e todo o conhecimento que ali se encontra acaba passando direto dos nossos olhos e fogem da nossa absorção. A ideia de sofrer é tão viciante que mesmo depois de resolvermos o problema que nos rebaixa, ainda sim reina a sensação de se diminuir, de se cobrar, enfim, de não estar contente com si mesmo.

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Vamos analisar uma pequena e breve história para reflexão sobre nosso entendimento do sofrimento, nas horas boas ou nas horas ruins.

"Há milhares de anos atrás, viviam as primeiras formas de vida em desenvolvimento para o que chamamos hoje de ser humano, a comunicação ainda estava no caminho de aprendizagem assim como as demais coisas presentes nesse momento e experiência. Certa vez, um desses seres chegou a beira de um penhasco e devido a certos impulsos internos, sentiu uma sensação diferente ao chegar muito próximo da beirada, por nunca ter passado essa experiência, aquilo o tocou e ali ele permaneceu por horas e talvez até dias... Até que em certo momento ele decide pular e sua vida chega ao fim, todo o aprendizado e conhecimento que ele carregou até ali se esvaíram do seu corpo e foram ao encontro do ainda desconhecido para a maioria de nós.

Algum tempo se passou e os seres próximos do nosso protagonista sentiram sua falta, procuraram e procuraram e nada de o encontrarem, certo dia um dos seres mais experientes daquele grupo acabou encontrando os restos mortais daquele companheiro desaparecido, sem entender como houve sua morte, esse ser experiente começa a pensar sobre o ocorrido, vivenciando e experimentando novas ideias que antes nunca tinha pensado, até que certo dia ele se encontra a beira do penhasco, com todas as sensações e experiências que seu antigo companheiro tivera no passado, ainda assim ele não compreende o que acontecerá na queda, pois nunca chegou a viver essa experiência com a pequena diferença de que encontrou seu colega abaixo desse penhasco sem vida, querendo resolver esse grande mistério, o ser chamou um outro amigo e orientou para que ele pulasse do penhasco. Após esse feito nosso colega pode comprovar, através da experiência e conhecimento que ao cair de uma grande queda, nosso corpo encontra a morte, mesmo sem entender nenhum mecanismo de física em sua mente"

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Do ponto de vista do nosso primeiro protagonista, a ausência do conhecimento o levou até a morte, do ponto de vista do nosso ser mais experiente, o conhecimento o levou a ter uma longa vida, longe de alguns perigos que depois desse evento ele começou a evitar e por fim o nosso último colega que por ausência de qualquer experiência vivida pelos outros dois, teve o mesmo fim do primeiro.

Algumas pessoas sofrem durante um evento, outras podem estar não sofrendo, ambas estão aprendendo de alguma forma, as vezes mais rápido, as vezes mais lento, ou até mesmo com maior ou menor absorção do todo, mas é em um grande sofrimento vivido por nós, ou vivido por alguém próximo a nós sempre trará uma experiência mais permanente que fará com que o resto da sua vida seja de grandes aprendizados que o farão entender que o sofrimento é a fase mais importante para resiliência.

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Paz e luz.

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